sábado, 30 de maio de 2009

Quase 50% dos 924,5 milhões de habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível de pobreza definido pelo Banco Mundial.Digo isso não apenas para expor a preocupante situação da pobreza do povo africano, mas também para justificar minha total aversão ao Natal. Temos a percepção de que o Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal. Particularmente o Natal nunca “me fez a cabeça”. Minha mãe conta que eu tinha medo do Papai Noel, e que quando algum se aproximava, logo começava a chorar. Passei a gostar menos ainda quando cresci e aprendi que o Natal é utilizado, atualmente, como forma de aquecer o mercado e proporcionar descanso aos trabalhadores. O Natal movimenta o comércio, traz novidades em todas as áreas e faz com que as pessoas sintam a necessidade de presentear os parentes e comprar algo que os agrade. Como um forte engodo, esta festividade tenta transformar todos nossos problemas e aflições num fato passageiro que é resolvido numa loja bem cheia. Ao passar o cartão no caixa registradora, nossas angústias logo somem, como se o espírito do natal nos enchesse de paz e fraternidade. Tudo fica “cor-de-rosa” e até os problemas familiares parecem desaparecer.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Qual seria a pior modalidade intelectual?

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Na atualidade, observamos uma boa parcela destes intelectuais que se ajustam aos poderes estabelecidos com uma função orgânica na consolidação das estruturas e instituições sociais. Representam uma postura bem definida, não alienada, e com um propósito de manutenção de uma condição hegemônica de uma determinada classe à qual eles pertencem.
Uma outra parcela destes intelectuais, menor em número e organização, a partir da elucidação e conscientização desenvolvida, escolhem para si um posicionamento baseado no senso crítico, na contestação de valores sociais e culturais até então inquestionáveis, e na disseminação e facilitação ao acesso deste conhecimento para um público maior e mais propenso às dominações ideológicas da classe dominante. Igualmente aos intelectuais da ordem, representam uma postura definida, mas se diferenciam pela oposição e crítica ao imaginário da cultura hegemônica.
Outra modalidade intelectual, muito observada principalmente nas classes médias brasileiras, e arrisco-me a dizer que são os maiores representantes desta modalidade, possuem uma postura de indefinição, ou melhor, de omissão política perante a facilitação e transmissão destes conhecimentos que poderiam ser potencialmente transformadores para os indivíduos pertencentes às classes menos favorecidas. Seu posicionamento beira a ambiguidade; não pertecem à esfera dos intelectuais oficiais do establishment, e tampouco assumem uma posição de crítica e questionamento destes valores. Contentam-se em discutir suas idéias ''eruditas'' apenas nos seus restritos círculos de conhecimento alienados da realidade, muitas vezes defendendo uma não contestação da configuração do real imposta culturalmente pela classe hegemônica, afirmando a aceitação de uma realidade que mais se parece com uma ficção científica estrelada pela mercantilização em escala global. Este pensamento contraditório é muitas vezes justificado com o argumento de não desejar se colocar num pedestal de ''superioridade intelectual'' perante a ''massa'', como eles próprios adoram generalizar e planificar os grupos de indivíduos que não possuem tal acesso. De maneira egoísta, e trancafiados em guetos culturais como se fossem condomínios fechados, acabam assumindo de maneira involuntária o posicionamento da cultura dominante, rejeitando sua condição de sujeitos da história e colaborando com a repetição contínua da lógica burguesa da exclusividade.000000000000000000000000011111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111110000000000000000000000000011111111100000001111111000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000001111100000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000011111110000000000000000000000000000011111111111111000000000000000000000000000000001111111111
000000000111110000000000001010101111111111111111101 ESDRÚXULO adj.1.Gram.Proparoxítono.2.Pop.Esquisito, excêntrico.*sm.3.Gram.Proparoxítono. fonte:Mini Aurélio: 6ª edição revista e atualizada 111111110101000000000010100000000000001111110101010

sexta-feira, 8 de maio de 2009

a morte da vanguarda

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celebrai-vos a nova era das trevas

as condições históricas observadas no período pós-guerra foram extremamente favoráveis à consolidação definitiva do capital em termos globais.

a hegemonia ficou evidente após alguns acontecimentos históricos observados, por exemplo, os levantes húngaros em 1956 no bloco socialista, deixando clara a incapacidade revolucionária do modelo de estado socialista.

as possibilidades de transformações radicais das atuais condições de mal-estar social se fazem cada vez menores, sendo que as últimas manifestações revolucionárias realmente passíveis de sucesso observadas se esgotaram durante a década de 1970.

poderia esta ser o início de uma nova era de estagnação histórica, resultada da hegemonia incontestável do atual poder capitalista, assim como o exemplo observado da dominação cultural pela igreja cristã ocidental por longos séculos na idade média?


celebrai-vos então a nova era das trevas