quarta-feira, 27 de maio de 2009

Qual seria a pior modalidade intelectual?

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Na atualidade, observamos uma boa parcela destes intelectuais que se ajustam aos poderes estabelecidos com uma função orgânica na consolidação das estruturas e instituições sociais. Representam uma postura bem definida, não alienada, e com um propósito de manutenção de uma condição hegemônica de uma determinada classe à qual eles pertencem.
Uma outra parcela destes intelectuais, menor em número e organização, a partir da elucidação e conscientização desenvolvida, escolhem para si um posicionamento baseado no senso crítico, na contestação de valores sociais e culturais até então inquestionáveis, e na disseminação e facilitação ao acesso deste conhecimento para um público maior e mais propenso às dominações ideológicas da classe dominante. Igualmente aos intelectuais da ordem, representam uma postura definida, mas se diferenciam pela oposição e crítica ao imaginário da cultura hegemônica.
Outra modalidade intelectual, muito observada principalmente nas classes médias brasileiras, e arrisco-me a dizer que são os maiores representantes desta modalidade, possuem uma postura de indefinição, ou melhor, de omissão política perante a facilitação e transmissão destes conhecimentos que poderiam ser potencialmente transformadores para os indivíduos pertencentes às classes menos favorecidas. Seu posicionamento beira a ambiguidade; não pertecem à esfera dos intelectuais oficiais do establishment, e tampouco assumem uma posição de crítica e questionamento destes valores. Contentam-se em discutir suas idéias ''eruditas'' apenas nos seus restritos círculos de conhecimento alienados da realidade, muitas vezes defendendo uma não contestação da configuração do real imposta culturalmente pela classe hegemônica, afirmando a aceitação de uma realidade que mais se parece com uma ficção científica estrelada pela mercantilização em escala global. Este pensamento contraditório é muitas vezes justificado com o argumento de não desejar se colocar num pedestal de ''superioridade intelectual'' perante a ''massa'', como eles próprios adoram generalizar e planificar os grupos de indivíduos que não possuem tal acesso. De maneira egoísta, e trancafiados em guetos culturais como se fossem condomínios fechados, acabam assumindo de maneira involuntária o posicionamento da cultura dominante, rejeitando sua condição de sujeitos da história e colaborando com a repetição contínua da lógica burguesa da exclusividade.000000000000000000000000011111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111110000000000000000000000000011111111100000001111111000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000001111100000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000011111110000000000000000000000000000011111111111111000000000000000000000000000000001111111111

2 comentários:

  1. Na minha modesta opinião ser intelectual, não é somente ler livros e interpretar nossa realidade social. De maneira geral, aqueles que se denominam "intelectuais", na maioria das vezes são "pseudo-intelectuais", pois possuem discursos prontos de gênios como Marx, Freud, Maquiavel, Schpenhauer e outros... Eles utilizam-se de teorias já elaboradas e as assimilam em nossa realidade...

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